História




O grupo FANÁTicos da Química, fundado em 2001 no Departamento de Química da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em  Mossoró, dedica-se a criação e apresentação de shows e peças teatrais envolvendo efeitos lúdicos. O grupo utiliza experiências de química para dar efeitos especiais às cenas da peça teatral, assim, ao mesmo tempo em que a peça entretém o público, aspectos das ciências são ensinados por meio das explicações desses experimentos.   As explicações são feitas no próprio texto da peça, em discussões sobre as peças que ocorrem após as apresentações e em discussões com pessoas que assistem as peças e ficam curiosas para saber como ocorrem os efeitos. È interessante destacar que um grande número de pessoas, principalmente alunos do ensino básico, que declaram que nunca haviam imaginado que a química podia ser vista de forma tão agradável e atraente.
Dessa forma, tem-se desenvolvido uma metodologia na qual alunos de licenciatura em química utilizam ferramentas teatrais, efeitos cênicos e aspectos lúdicos do cotidiano, adaptados como peças teatrais na forma de sátiras de filmes ou show artísticos de sucesso, para transmitir conceitos químicos a alunos e a sociedade em geral, visando à divulgação do ensino de química [3, 9, 13, 14 e 15]. 
O grupo visa, também, à formação acadêmica e pessoal dos alunos-atores, pois são graduandos da UERN, e as atividades e exercícios teatrais (desenvolvimento de dicção mais perfeita, desinibição e expressão corporal por ex.) contribuem para seu futuro profissional, seja como professor, pesquisador ou ator. Neste sentido, é interessante o fato de um integrante ter iniciado sua participação em artes no grupo e depois optado por se tornar ator, abandonando o curso de química e se dedicando integramente ao teatro, se tornando um ator de sucesso.
O grupo Fanáticos da Química tenta explorar as relações entre as ciências e as artes para que estas duas culturas possam conferir uma à outra, conteúdos, metodologias e linguagens que convirjam na construção de um processo pedagógico mais amplo e faça com que os alunos reflitam sobre os conhecimentos adquiridos.
Nesta interface, o grupo também procura adaptar as peças o modo de falar tradicional e típico da região nordeste, sem se preocupar excessivamente com o rigor da gramática formal. O objetivo desta prática é tornar o espetáculo mais próximo do público e assim fazer com que o mesmo se identifique com o personagem. Outro artifício usado é, sempre que possível, dar nome a alguns personagens que lembrem algum fato relacionado a química (nome de elemento químico, conceito químico etc..).