quarta-feira, 27 de julho de 2011

O romantismo químico...

Carta de um Químico Apaixonado


Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 2006.

Querida Valência,


Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irreversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você.
Sabismuto que a amo. De antimônio posso lhe assegurar que não sou nenhum érbio e que trabario muito para levar uma vida estável.
Lembro-me de que tudo começou nuranio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio.
Você estava em um certo carro prata, com roda de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, compartilhamos nossos elétrons, e a ligação foi inevitável.
Inclusive, depois, quando lhe telefonei, mesmo pega de enxofre, você respondeu carinhosamente: “Próton, com quem tenho o praseodímio de falar”.
Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um paladio de ouro, e nunca causou nenhum escândio.
Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria com você.
Espero que não esteja saturada, pois devemos buscar uma reação de adição e não de substituição.
Soube que a inês lhe contou que eu a embromo: Manganês cuidar do seu cobre e acredite níquel digo, pois saiba que eu nunca agi de modo estanho. Caso algum dia apronte alguma eu sugiro que procure um avogrado e que me metais na cadeia.
Sinceramente não sei porque você está a procura de um processo de separação como se fossemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar erradio. Se isso acontecesse, irídio emboro urânio de raiva.
Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre), nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polônio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização, ou pelo menos, uma grande diluição.
Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite, pensando no nosso amor que esta acarbono e sinto-me sódio.
Gostaria de deslocar este equilíbrio e que tudo voltasse a normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito.
Você é a luz que me alumínio e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base. Aproveito para lembrar-lhe de devolver meu cd de KCl.
Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.

Abracidos,


Marcelantanio

Enviada por: Jéssica Nayara. 

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